Antes de qualquer outra coisa, eu ainda não li os livros da série "A Song of Ice and Fire" (matriz da telessérie "Game of Thrones") e não li todos os trabalhos de Robert E. Howard referentes ao universo da personagem Conan e da Era Hiboriana, de modo que o presente texto se baseia principalmente na telessérie "Game of Thrones" e no filme "Conan, The Barbarian" (em Português, "Conan, O Bárbaro"), que data de 2011 e é uma refilmagem do clássico homônimo de 1982 (DUQUE).
O título do texto, "A steel of ice and fire" (em Português, "Um aço de gelo e fogo") é um trocadilho com o nome da série de romances de George R.R. Martin e o assunto a ser tratado aqui: o todo poderoso aço valiriano e uma das duas possíveis referências que ele contém.
Em Game of Thrones (GoT, para os íntimos, os fãs, os preguiçosos e os práticos), a raça de seres conhecidos como Caminhantes Brancos (whitewalkers, no original; "outros" nos livros) aparentemente só possui duas vulnerabilidades: ao chamado "vidro de dragão" (obsidiana), material mineral utilizado em pontas de lanças pelos chamados primeiros homens, e ao chamado "aço do dragão" (dragonsteel, no original), que pode e com certeza deve ser outro nome para o conhecido, raro e cobiçado "aço valiriano" - o mesmo aço de que é feita a lâmina de "Garralonga" (Longclaw), a espada bastarda carregada pelo suposto filho bastardo de Eddard Stark, Jon Snow.
Enquanto o chamado "vidro de dragão" é um material realmente existente em nosso mundo, onde atende pelo nome de "obsidiana", o tal "aço valiriano" é uma liga metálica fictícia. Metais, ligas metálicas e outros materiais fictícios são comuns em narrativas fantásticas, como é o caso do mithril, de "O Senhor dos Anéis" (Lord of the Rings, J.R.R. Tolkien); científico-ficcionais, tal como o plasteel da série "Crônicas de Duna" (Dune's Chronicles, Frank Herbert) [1]; e outros tipos de produções, mitologias inclusas.
Outro exemplo com o qual se pode relacionar, é o conhecido aço cimério, presente na fictícia Era Hiboriana, na qual Conan teria vivido, e que seria uma herança atlante - embora não se saiba ao certo se os cimérios aprenderam a forjar aço com os atlantes ou se são descendentes deles. E é aqui que está a questão: O aço valiriano poderia ser ou conter uma referência ao aço cimério?
Penso sinceramente que sim, embora o motivo para tal seja bem simples: o conjunto de estórias escritas por George R.R. Martin é intitulado "A Song of Ice and Fire", isto é, "Uma Canção de Gelo e Fogo", enquanto é dito - ao menos nos anteriormente citados filme e refilmagem de "Conan, O Bárbaro" - que o segredo do aço cimério é o fogo e o gelo [2].
"Oh, mas só porque tem as palavras 'fogo' e 'gelo'?" Não, não é só por isso e nem só porque tanto o aço cimério quanto o aço valiriano possuem um segredo de fabricação. Ambos os aços (e as armas feitas deles) possuem importância mais do que significativa nos universos aos quais pertencem: Se as espadas de aço cimério representam algumas das ou as mais potentes armas então existentes, podendo trazer imenso poder aos seus portadores, já que a Era Hiboriana se situa na Idade do Bronze (aço obviamente cortando bronze), as armas feitas de aço valiriano são de importância vital para assegurar a continuidade da existência humana, uma vez que os caminhantes brancos são vulneráveis ao aço valiriano (como ficou bem claro na quinta temporada de GoT).
Acontece que, como citado anteriormente, o aço valiriano pode muito bem ser o metal conhecido como "aço do dragão", ao qual livros antigos informam ser uma fraqueza dos caminhantes brancos. E se estes são criaturas associadas à morte, ao inverno, ao frio e ao gelo, os dragões - que talvez tenham algum papel na fabricação do supracitado aço - estão relacionados à vida [3], ao verão, ao calor e ao fogo. E isso nos leva a outra referência: a espada flamígera.
Dentro da mitologia do universo desenvolvido por Martin, há certo herói lendário denominado Azor Ahai, o qual teria vivido cerca de 8 mil anos antes de Aegon e que, durante a Longa Noite, ergueu-se para enfrentar os Outros [4], tendo em punho a sua espada Luminífera (Lightbringer), com a qual os derrotou. O herói também é relacionado a uma profecia vinda de Asshai: "quando sangra estrela vermelha e as trevas se reúnem, Azor Ahai deve renascer de novo em meio a fumaça e sal para acordar os dragões de pedra.".
Há muitas hipóteses quanto à natureza do Azor Ahai e algumas sobre a Luminífera (até mesmo uma que diz que ela seria, na verdade, os dragões em si), mas não vou tratar delas, que podem ser vistas no texto "Quem é Azor Ahai?", embora a de que a espada Gelo (pertencente a Eddard Stark e que foi reforjada em duas outras, entregues à Jaime Lannister e Brienne) seja interessante, afinal de contas, gelo também queima.
Um fato é que a Luminífera deve ser uma espada forjada com "aço de dragão", isso porque já vimos o que uma espada de aço valiriano é capaz de fazer com os caminhantes brancos, ou fato é que, de certo, a tal espada deve ter sido inspirada nas conhecidas espadas flamígeras.
Sim, "espadas flamígeras", no plural, pois há pelos três às quais podemos nos referir: a espada flamígera abraâmica [4], a espada flamígera maçônica e a espada flamígera do último Papa.
A primeira seria uma espada sobrenatural que irradia fogo e seria portada por um querubim posto para guardar o portão do paraíso e impedir que Adão e Eva entrassem.
A segunda tem a lâmina ondulada, assemelhando-se a uma língua de fogo serpentino e sendo portada pelo Venerável Mestre como símbolo do poder criador do Grande Arquiteto do Universo (também conhecido como G.'.A.'.D.'.U.'., um nome maçônico para a divindade criadora do universo), sendo que a Revista Universo Maçônico (2010) também diz que:
(...) Ao seu triplo tinir com os golpes do melhete (símbolo da autoridade, de que o Venerável se acha investido pela constituição maçônica), é o recipiendário iniciado e admitido nas fileiras da Ordem. Em alguns países latinos é também usada pelo cobridor que assim guarda o Templo qual Cherubim a "guardar o caminho da árvore da vida" (Gênesis 3:24).
E, entre outras coisas, informa que se trata de um símbolo de igualdade entre os mestres maçons, representando, ainda, se empunhada com a mão direita: a arma "ação física"; a Proteção dos Segredos e dos Princípios da Tradição Maçônica; a vingança que se abate sobre o traidor e a consciência que atormenta o perjuro; o compromisso de manter o sigilo, de vencer as paixões que o mundo apresenta entre suas ilusões.
À exceção do Cobridor Interno, que sempre empunha a espada com a mão direita, os oficiais citados no texto da Revista Universo Maçônico [5] deverão, quando sentados, segurar suas espadas com a mão esquerda para a produção da descarga de energia saturada que todos os irmãos trazem do Mundo Profano. É dito, ainda, que a lâmina não deve ser tocada para que não se altere a sua imantação, interferindo no fluxo energético que se estabelece com a cerimônia ritualística.
Por sua vez, a terceira espada flamígera foi referida por mim como sendo "a espada flamígera do último Papa" porque há uma espada de fogo portada por um anjo na Terceira Parte da Profecia de Fátima, à qual é interpretada por alguns como uma profecia acerca do fim da Igreja. A Terceira Parte da Profecia de Fátima, transcrita conforme disponibilizada no site do Vaticano e tendo o trecho onde a espada de fogo aparece negritada por mim, é a seguinte:
Deste modo, tem-se sim o aço valiriano e as espadas dele forjadas imbuídas da referência ao segredo de fabricação do aço cimério e à espada flamígera, principalmente porque possuem papel importante na chamada "Canção do Gelo e do Fogo", sendo o gelo e o fogo o segredo de fabricação do aço cimério e a primeira aparição do cimério Conan se dando num conto intitulado "A Fênix na espada" ("The Phoenix on the sword", de Robert E. Howard, dezembro de 1932) - lembrando que o metal é um elemento considerado frio e que a Fênix é um ser mitológico associado ao fogo, a mesma incinerando-se ao chegar perto da morte e renascendo das próprias cinzas (e o Azor Ahai renascendo de tempos em tempos).
No canção onde Azor Ahai é o protagonista, o mesmo, a exemplo do querubim que guarda o Éden, empunha uma espada de lâmina vermelha e chamas para defender Westeros, Essos e demais terras do avanço dos caminhantes brancos, que, assim como aqueles que provariam do fruto da árvore da vida, são imortais [6].
Assim e considerando as referências à mitologia abraâmica, a questão que fica é: Qual dos dois lados, o desconhecido mundo dos outros ou o mundo dos homens e dragões, alude ao Éden?
REFERÊNCIAS
BACELLAR, Rafael. O aço valiriano. Publicado em: 29 Fev 2012. Disponível em: <http://www.gameofthronesbr.com/2012/02/o-aco-valiriano.html>. Acesso em: 05 Set 2015.
Aço, Espadas, Gelo e Fogo
Em Game of Thrones (GoT, para os íntimos, os fãs, os preguiçosos e os práticos), a raça de seres conhecidos como Caminhantes Brancos (whitewalkers, no original; "outros" nos livros) aparentemente só possui duas vulnerabilidades: ao chamado "vidro de dragão" (obsidiana), material mineral utilizado em pontas de lanças pelos chamados primeiros homens, e ao chamado "aço do dragão" (dragonsteel, no original), que pode e com certeza deve ser outro nome para o conhecido, raro e cobiçado "aço valiriano" - o mesmo aço de que é feita a lâmina de "Garralonga" (Longclaw), a espada bastarda carregada pelo suposto filho bastardo de Eddard Stark, Jon Snow.
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| Jon Snow (à direita) enfrentando um caminhante branco/outro. |
Enquanto o chamado "vidro de dragão" é um material realmente existente em nosso mundo, onde atende pelo nome de "obsidiana", o tal "aço valiriano" é uma liga metálica fictícia. Metais, ligas metálicas e outros materiais fictícios são comuns em narrativas fantásticas, como é o caso do mithril, de "O Senhor dos Anéis" (Lord of the Rings, J.R.R. Tolkien); científico-ficcionais, tal como o plasteel da série "Crônicas de Duna" (Dune's Chronicles, Frank Herbert) [1]; e outros tipos de produções, mitologias inclusas.
Outro exemplo com o qual se pode relacionar, é o conhecido aço cimério, presente na fictícia Era Hiboriana, na qual Conan teria vivido, e que seria uma herança atlante - embora não se saiba ao certo se os cimérios aprenderam a forjar aço com os atlantes ou se são descendentes deles. E é aqui que está a questão: O aço valiriano poderia ser ou conter uma referência ao aço cimério?
Penso sinceramente que sim, embora o motivo para tal seja bem simples: o conjunto de estórias escritas por George R.R. Martin é intitulado "A Song of Ice and Fire", isto é, "Uma Canção de Gelo e Fogo", enquanto é dito - ao menos nos anteriormente citados filme e refilmagem de "Conan, O Bárbaro" - que o segredo do aço cimério é o fogo e o gelo [2].
"Oh, mas só porque tem as palavras 'fogo' e 'gelo'?" Não, não é só por isso e nem só porque tanto o aço cimério quanto o aço valiriano possuem um segredo de fabricação. Ambos os aços (e as armas feitas deles) possuem importância mais do que significativa nos universos aos quais pertencem: Se as espadas de aço cimério representam algumas das ou as mais potentes armas então existentes, podendo trazer imenso poder aos seus portadores, já que a Era Hiboriana se situa na Idade do Bronze (aço obviamente cortando bronze), as armas feitas de aço valiriano são de importância vital para assegurar a continuidade da existência humana, uma vez que os caminhantes brancos são vulneráveis ao aço valiriano (como ficou bem claro na quinta temporada de GoT).
Acontece que, como citado anteriormente, o aço valiriano pode muito bem ser o metal conhecido como "aço do dragão", ao qual livros antigos informam ser uma fraqueza dos caminhantes brancos. E se estes são criaturas associadas à morte, ao inverno, ao frio e ao gelo, os dragões - que talvez tenham algum papel na fabricação do supracitado aço - estão relacionados à vida [3], ao verão, ao calor e ao fogo. E isso nos leva a outra referência: a espada flamígera.
Dentro da mitologia do universo desenvolvido por Martin, há certo herói lendário denominado Azor Ahai, o qual teria vivido cerca de 8 mil anos antes de Aegon e que, durante a Longa Noite, ergueu-se para enfrentar os Outros [4], tendo em punho a sua espada Luminífera (Lightbringer), com a qual os derrotou. O herói também é relacionado a uma profecia vinda de Asshai: "quando sangra estrela vermelha e as trevas se reúnem, Azor Ahai deve renascer de novo em meio a fumaça e sal para acordar os dragões de pedra.".
Há muitas hipóteses quanto à natureza do Azor Ahai e algumas sobre a Luminífera (até mesmo uma que diz que ela seria, na verdade, os dragões em si), mas não vou tratar delas, que podem ser vistas no texto "Quem é Azor Ahai?", embora a de que a espada Gelo (pertencente a Eddard Stark e que foi reforjada em duas outras, entregues à Jaime Lannister e Brienne) seja interessante, afinal de contas, gelo também queima.
Um fato é que a Luminífera deve ser uma espada forjada com "aço de dragão", isso porque já vimos o que uma espada de aço valiriano é capaz de fazer com os caminhantes brancos, ou fato é que, de certo, a tal espada deve ter sido inspirada nas conhecidas espadas flamígeras.
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| Um imagem de uma espada flamígera maçônica. |
Sim, "espadas flamígeras", no plural, pois há pelos três às quais podemos nos referir: a espada flamígera abraâmica [4], a espada flamígera maçônica e a espada flamígera do último Papa.
A primeira seria uma espada sobrenatural que irradia fogo e seria portada por um querubim posto para guardar o portão do paraíso e impedir que Adão e Eva entrassem.
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| "O Guardião do Paraíso", de Franz von Stuck, 1889. |
A segunda tem a lâmina ondulada, assemelhando-se a uma língua de fogo serpentino e sendo portada pelo Venerável Mestre como símbolo do poder criador do Grande Arquiteto do Universo (também conhecido como G.'.A.'.D.'.U.'., um nome maçônico para a divindade criadora do universo), sendo que a Revista Universo Maçônico (2010) também diz que:
(...) Ao seu triplo tinir com os golpes do melhete (símbolo da autoridade, de que o Venerável se acha investido pela constituição maçônica), é o recipiendário iniciado e admitido nas fileiras da Ordem. Em alguns países latinos é também usada pelo cobridor que assim guarda o Templo qual Cherubim a "guardar o caminho da árvore da vida" (Gênesis 3:24).
E, entre outras coisas, informa que se trata de um símbolo de igualdade entre os mestres maçons, representando, ainda, se empunhada com a mão direita: a arma "ação física"; a Proteção dos Segredos e dos Princípios da Tradição Maçônica; a vingança que se abate sobre o traidor e a consciência que atormenta o perjuro; o compromisso de manter o sigilo, de vencer as paixões que o mundo apresenta entre suas ilusões.
À exceção do Cobridor Interno, que sempre empunha a espada com a mão direita, os oficiais citados no texto da Revista Universo Maçônico [5] deverão, quando sentados, segurar suas espadas com a mão esquerda para a produção da descarga de energia saturada que todos os irmãos trazem do Mundo Profano. É dito, ainda, que a lâmina não deve ser tocada para que não se altere a sua imantação, interferindo no fluxo energético que se estabelece com a cerimônia ritualística.
Por sua vez, a terceira espada flamígera foi referida por mim como sendo "a espada flamígera do último Papa" porque há uma espada de fogo portada por um anjo na Terceira Parte da Profecia de Fátima, à qual é interpretada por alguns como uma profecia acerca do fim da Igreja. A Terceira Parte da Profecia de Fátima, transcrita conforme disponibilizada no site do Vaticano e tendo o trecho onde a espada de fogo aparece negritada por mim, é a seguinte:
J.M.J.
A terceira parte do segredo revelado a 13 de Julho de 1917 na Cova da Iria-Fátima.
Escrevo em acto de obediência a Vós Deus meu, que mo mandais por meio de sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fôgo em a mão esquerda; ao centilar, despedia chamas que parecia iam encendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos n'uma luz emensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas n'um espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Varios outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fôra de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dôr e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de juelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam varios tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e varias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, n'êles recolhiam o sangue dos Martires e com êle regavam as almas que se aproximavam de Deus.
Tuy-3-1-1944
Concluindo
Deste modo, tem-se sim o aço valiriano e as espadas dele forjadas imbuídas da referência ao segredo de fabricação do aço cimério e à espada flamígera, principalmente porque possuem papel importante na chamada "Canção do Gelo e do Fogo", sendo o gelo e o fogo o segredo de fabricação do aço cimério e a primeira aparição do cimério Conan se dando num conto intitulado "A Fênix na espada" ("The Phoenix on the sword", de Robert E. Howard, dezembro de 1932) - lembrando que o metal é um elemento considerado frio e que a Fênix é um ser mitológico associado ao fogo, a mesma incinerando-se ao chegar perto da morte e renascendo das próprias cinzas (e o Azor Ahai renascendo de tempos em tempos).
No canção onde Azor Ahai é o protagonista, o mesmo, a exemplo do querubim que guarda o Éden, empunha uma espada de lâmina vermelha e chamas para defender Westeros, Essos e demais terras do avanço dos caminhantes brancos, que, assim como aqueles que provariam do fruto da árvore da vida, são imortais [6].
Assim e considerando as referências à mitologia abraâmica, a questão que fica é: Qual dos dois lados, o desconhecido mundo dos outros ou o mundo dos homens e dragões, alude ao Éden?
NOTAS
[1] Na verdade, uma combinação de plástico e aço.
[2] Claro, há toda uma discussão filosófica por trás desse segredo, o qual possivelmente diria respeito não ao segredo de fabricação, mas sim ao manuseio correto da arma, um pensamento similar ao de que "não é a escola que faz o aluno, é o aluno que faz a escola".
[3] Sendo os dragões do mundo de "A Song of Ice and Fire" hermafroditas, em teoria, eles podem se perpetuar mesmo que reste somente um, caso possam fazer autofecundação.
[4] O adjetivo "abraâmica" se deve ao fato de ela ser mais conhecida por meio das chamadas religiões abraâmicas, cujas representantes mais conhecidas são o judaísmo e os diferentes cristianismos e islamismos.
[5] Se entendi bem, um Mestre da Coluna Norte e outro da Sul, a convite do Mestre de Cerimônias.
[6] Obviamente, até que sejam atingidos por uma espada de aço valiriano ou alguma arma de obsidiana, sendo que, diferentemente dos mortos que eles erguem novamente e segundo o que se pode ver na telessérie, os caminhantes brancos não seriam originários de mortos, mas de vivos, tal como foi feito com o penúltimo filho recém-nascido de Craster, convertido em um deles.
BACELLAR, Rafael. Quem é Azor Ahai? Publicado em: 12 Out 2011. Disponível em: <http://www.gameofthronesbr.com/2011/10/quem-e-azor-ahai.html>. Acesso em: 11 Set 2015.
CIMADON, Giordano. As 7 espadas mais poderosas da mitologia (2). Publicado em: 11 Dez 2011. Disponível em: <http://www.sgi.org.br/mitologia/as-7-espadas-mais-poderosas-da-mitologia-2/>. Acesso em: 11 Set 2015.
IMDB. Conan, o bárbaro (2011): Quotes. Disponível em: <http://www.imdb.com/title/tt0816462/quotes>. Acesso em: 11 Set 2015.
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