segunda-feira, 9 de março de 2015

Os vários filhos de um mesmo pai com diferentes mulheres

     A nova novela das seis da Rede Globo de Televisão, Sete Vidas, cuja estréia acontecerá nesta segunda-feira, 09 de março, será protagonizada pelo oceanógrafo Miguel (Domingos Montagner), o qual é esquivo e solitário, se apaixonando por Lígia (Debora Bloch) e sendo dado como morto após um acidente na Antártida. Enquanto isso, Lígia descobre estar grávida dele e Júlia (Isabelle Drummond), uma das filhas geradas do sêmen doado por Miguel, inicia uma busca pelo seu pai biológico e encontra cinco meio-irmãos: Pedro (Jayme Matarazzo), Bernardo (Guilherme Lobo), Laila (Maria Eduarda Carvalho), Luís (Thiago Rodrigues) e Felipe (Michel Noher).




Miguel, à esquerda de quem vê.

     Apesar de parecer uma coisa nova, o tema da "diversidade de filhos de um mesmo pai com mulheres diferentes" [1] não é uma coisa exatamente recente, talvez o seja nas telenovelas, mas já foi abordado em filmes, como em "De repente Pai" e em mangás e animes, no caso, estou falando do clássico Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya). E que fique claro que não se trata de uma comparação entre o anime/mangá e a telenovela ou de dizer que a obra de Masami Kurumada serviu de inspiração para a produção global, embora nela também exista uma embarcação em terras glaciais.
     Sim, apesar de o assunto sequer ter sido tocado no anime, para poder obter as armaduras de bronze e ter cavaleiros que protegessem a deusa Atena encarnada como Saori Kido, Mitsumasa Kido teve 100 (cem) filhos [2], os quais passaram um tempo em orfanatos antes de serem convocados para serem enviados para diversas partes do mundo a fim de serem treinados como cavaleiros e disputarem as armaduras de bronze.



Mistumasa Kido, o garanhão do zodíaco.


     Destes cem filhos, diz-se que apenas dez deles sobreviveram e se tornaram cavaleiros de bronze: Seiya de Pégaso, Hyoga de Cisne, Shiryu de Dragão, Shun de Andrômeda, Ikki de Fênix, Jabu de Unicórnio, Ichi de Hidra, Ban de Leão Menor, Geki de Urso (Ursa Maior) e Nachi de Lobo. Entretanto, o único que sabe toda a verdade é Ikki e jamais foram mostrados todas as 100 crias de Mitsumasa.
     É interessante notar que é comum se deparar com fãs de Cavaleiros do Zodíaco que acham um absurdo essa quantidade de filhos tida pelo "avô" de Saori Kido, ela é pequena, se comparada à quantidade de filhos que o protagonista de "De Repente Pai" teve por doação de sêmen, nada mais nada menos que 533 crianças.
     E para não ficar apenas no Saint Seiya como exemplo, existe outro mangá que acaba abordando o tema da "diversidade de filhos de um mesmo pai com mães diferentes": DNA².
     A produção de Masakazu Katsura, DNA², trata, basicamente, de uma "operadora de DNA" que viaja ao passado para solucionar a causa dos problemas de superpopulação do futuro (o presente dela). No caso, ela teria que alterar o DNA de Junta Momonari para que ele passasse a ser um humano normal, já que o seu código genético natural fazia dele um "mega-playboy", um indivíduo irresistível às mulheres e dotado de superforça, qualidades que lhe permitiriam ter 100 (cem) filhos com mulheres diferentes, os quais também seriam "mega-playboys" e também teriam 100 (cem) filhos com mulheres diferentes, cada um.



Junta Momonari, o "mega-playboy" original.


     Quanto à literatura, eu realmente não me recordo de alguma novela ou conto abordando essa temática [3], mas me recordo disso na mitologia, mais especificamente na mitologia grega, com o (nem tão) todo poderoso Zeus gerando vários filhos com muitas mulheres, mortais e imortais. Inclusive, há quem diga que, no mangá/anime Cavaleiros do Zodíaco, o garanhão Mitsumasa Kido seria Zeus reencarnado. Aliás, é importante notar que, à exceção dos protagonistas do filme "De Repente Pai" e do mangá "DNA²", os "pais de multidões", a exemplo de Zeus, possuem barba, um conhecidíssimo símbolo de autoridade e masculinidade.

     Então é isso, mas caso eu descubra ou me lembre de alguma outra produção cinematográfica, literária ou pertencente ao universo das HQs (ocidentais ou orientais) e dos desenhos animados, possivelmente voltarei a falar sobre o tema da "diversidade de filhos de um mesmo pai com mulheres diferentes".




NOTAS

[1] Quando digo "diversidade de filhos", quero dizer diversos mesmo, pelo menos uns quatro, pois, do contrário, a história de Abraão e seus filhos, um com Hagar e outro com Sara, poderia ser incluída na temática.

[2] Até onde me consta, não foi explicitado o método utilizado, ficando subtendido para muitos que ele se relacionou com as mães de todos os seus cem filhos.

[3] Tem A Song of Ice and Fire/Game of Thrones, mas como ainda não li os romances e a telessérie não chegou ao fim, me abstenho de comentar a respeito.

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