sábado, 7 de maio de 2016

Guerra Civil: Opinião e hipóteses

   O filme "Capitão América 3: Guerra civil", que estreou em 28 de abril, cumpre com o seu papel quando se trata de proporcionar divertimento - afinal de contas, ninguém pode dizer que ele não é divertido, tragável, ainda que juntamente dos pontos positivos, alguns possam ver pontos negativos (que eu, sinceramente, não vi, exceto, talvez, em se tratando da história do Zemo) e um ponto que... Não deveria mais estar sendo discutido. Começarei por este último - e, sim, este artigo possui revelações de roteiro (spoilers).







Guerra? Que guerra?

   Muita gente continua batendo na tecla de que a pressuposta guerra civil que subtitula o filme não é uma guerra, estando mais para uma briga, briga de rua ou sei lá o quê. Isso, claro, é baseado principalmente na quantidade de personagens participantes do conflito, já que o acontecimento quadrinhístico conhecido como "Guerra Civil" englobou literalmente todos os títulos da Marvel Comics, contando com quase todos os personagens da editora [1], enquanto a produção cinematográfica apresenta "apenas" doze personagens "aprimorados".
   O problema disso é a ignorância quanto a pelo menos duas coisas: À mídia utilizada e ao contexto da narrativa. No primeiro caso, ignora-se que são mídias diferentes, com necessidades e possibilidades diferentes. Uma coisa facilmente transponível nos quadrinhos pode não o ser na telona do cinema e vice-versa, de modo que uma fidedignidade impecável à história em quadrinhos "Guerra Civil" não seria possível numa produção cinematográfica sem, digamos, que o filme contasse com um duração de uma dezena de horas ou a história se visse fragmentada em sabe-se-lá quantos filmes. E essa necessária infidedignidade também tem a ver com o segundo ponto ignorado.



Se você ainda insistir nesse papo-furado quantitativo,
lembre-se que o Capitão América e o Homem de Ferro
valem por pelo menos um batalhão inteiro.


   O chamado Universo Cinematográfico da Marvel (UCM) não é o mesmo Universo Quadrinhístico da Marvel (UQM). Primeiramente, isso se deve ao fato de que a Marvel vendeu os direitos de vários personagens para vários estúdios a fim de se salvar na crise da década de 1990 [2], impossibilitando - num primeiro momento, pelo menos - que haja um universo de fato, tal como nos quadrinhos. Segundamente, deve-se considerar a própria história intra-universo, no caso, todos os personagens envolvidos estão atuando como justiceiros há pouco tempo, cerca de uma década, período insuficiente para o surgimento de centenas de "aprimorados".
   Portanto, não tem como exigir a presença de tantos personagens e, em acréscimo a isso, eu vi críticas que tratavam a quantidade de heróis utilizada como sendo excessiva e afirmando que muitos personagens seriam desnecessários. Agora, imagine se a produção contasse com mais de duas dezenas de personagens numa produção com a mesma duração do filme em questão. Imaginou? Então.
   Por fim, não custa nada lembrar que mesmo o conflito que se deu nas HQs nunca teve nada a ver com quantidade de gente e uma guerra no sentido de se ter exércitos se confrontando. O título sempre foi muito mais um referência à Guerra de Secessão estadunidense, que opôs norte e sul, fazendo irmãos brigarem por temas como a escravidão - e o registro dos "aprimorados" não deixa de ser uma alusão à escravidão, uma vez que nada impediria que o Estado passasse a utilizar os heróis para lutar por ele, motivo pelo qual o Capitão se opõe à proposta.




O filme em si

   Basicamente, a produção cinematográfica é excelente dentro do que se propõe a ser: Um arrasa quarteirões. Contando com ótimas cenas de ação - ainda que seja possível criticar certa artificialidade numa ou outra, uma exploração muito bem feita das habilidades dos herói - com destaque para as do Homem-Formiga, seguidas das do Homem-Aranha e do Visão - e um roteiro muito bem amarrado e obviamente contando com ganchos para outras produções - mais especificamente, a do Pantera Negra (2018) e a do Homem-Aranha (2017) -, além de fechar em si mesmo quando a primeira cena pós-crédito acaba apresentando um problema cuja solução se encontra no começo do filme.
   Sim, o "pequeno" problema de lavagem cerebral que torna o Soldado Invernal extremamente perigoso pode ser solucionado por uma variante, adaptação ou desdobramento da tecnologia de falsas memórias desenvolvida por Tony Stark e apresentada por ele ao Massachusetts Institute of Technology - MIT no começo do filme. O interessante é que esse gancho leva a outro: Com Tony Stark resolvendo o problema que impede o Soldado Invernal de zanzar livremente por aí, as pazes efetivas e a real reaproximação entre ele e o Steve Rogers (Capitão América) - e, por extensão, os aliados deste último - se tornam possíveis, permitindo que as duas equipes que se formaram [3] se unifiquem, sem mais conflitos internos, quando for a hora de enfrentar o Thanos.





   Quanto ao tom de comédia que se tornou característico dos filmes da Marvel, ele permanece lá, balanceado com o tom de ação e o tom dramático. Tony Stark está mais dramático do que jamais esteve nas telonas, enquanto o Pantera Negra é puro drama - do peso das tradições ao desejo de vingança e a conclusão de que deixar vivo o inimigo que deseja morrer é a maior vingança, ainda que sob a fachada de que é "justiça". Alias, se Zemo tivesse sido morto pelo Pantera Negra, o ato seria o que se chama de "justiçamento", a justiça pelas próprias mãos, e o filme gira em torno da discussão da supervisão e controle daqueles que fazem justiça com as próprias mãos.
   Agora, se o mais novo Rei de Wakanda manteve-se no controle e coerente ao lado até então escolhido (o do Registro), o mesmo não se pode dizer de Tony Stark, que perdeu completamente o controle ao descobrir que o Soldado Invernou matou os seus pais. Ironicamente, foi o Capitão América, defensor da total liberdade de ação (e das roupas coladas) para os justiceiros, que conteve a ação justiceira do Homem de Ferro.



A morte do Capitão América

   E por falar no Capitão América, tenho visto algumas reclamações quanto à participação dele, que teria ficado muito aquém do esperado - principalmente se for considerado que este filme pertence à trilogia dele, é um filme dele. Quanto a isso, eu acho que o que pode ter ocorrido é a impressão de que ele ficou apagado por conta da participação dos demais "aprimorados". Só que isso é justificável, tanto porque esse filme funciona como transição para a nova fase cinematográfica da Marvel, quanto porque temos o, por assim dizer, fim do Capitão América. Como assim?



- Alguém morre no filme?
- Sim, o Capitão América morre, mas o Steve Rogers não.


   Penso que já tenha ficado entendido que o subtítulo do filme não se dá por questão quantitativa nem proporcional, sendo mais uma homenagem a um período importante da história estadunidense, período que serviu de amadurecimento para o país. Agora, exatamente por homenagear um período histórico estadunidense, temos que entender que o filme - como a HQ - procura debater certo ideário sobre o qual os EUA se ergueu, no caso, o ideário que envolve o sonho americano e a liberdade. E foi esse ideário que o Steve Rogers sempre se propôs a defender, motivo que o leva a não concordar com o Tratado de Sokovia, já que o mesmo, a longo prazo, poderia facilmente converter os "aprimorados" em soldados do governo.
   Portanto, a "Guerra Civil" que subtitula o filme diz muito mais respeito aos conflitos internos (e toda guerra civil é um conflito interno) dos personagens (isso fica também fica evidente na apresentação de Tony Stark no MIT), com foco no Capitão América, que, em determinado momento - mais especificamente quando abdica do seu escudo, que algumas vezes foi tratado como o que sempre foi "propriedade do governo" -, deixa de ser o Capitão América, já que o ideário defendido por Steve Rogers não é mais o ideário da América. Nesse sentido, faz sentido que o Capitão América não tenha uma participação lá muito grandiosa ou mesmo grandiosa, pois o filme intenciona retratar o seu fim, a sua morte simbólica. Steve Rogers, então, pode passar a ser o Paladino da Liberdade, o Capitão Liberdade ou, o que é muito mais provável, o Nômade (identidade que Steve Rogers já adotou nos quadrinhos, quando abdicou de ser o Capitão), pois - até mesmo por ser um fora da lei - ele não pode mais ser o Capitão América [4].



Caso o Steve Rogers realmente dê as cara com o Nômade,
será que terá um traje feito de vibranium, como presente do
Rei de Wakanda?



A aranha captura a formiga na sua teia

   Como anteriormente dito, o tom cômico [5] que ficou associado aos filmes da Marvel está neste filme, porém, ao invés de o vermos predominantemente em Tony Stark, o vemos principalmente nas figuras do Homem-Aranha e do Homem-Formiga, já que o milionário encontra-se muito mais introspectivo - a tecnologia relacionada à memória que ele apresenta ao MIT também pode ser tomada como uma prova disso.
   Quanto às participações do Homem-Aranha e do Homem-Formiga, elas foram top excepcionais, sendo feitas na medida certa para o filme, de modo a não atrapalhar o andamento das coisas ao mesmo tempo em que os introduzia. Sim, "os" e não "o" introduzia porque, embora o Homem-Formiga já tenha sido trabalhado no seu filme solo, neste houve a introdução dele como parte de um time de heróis e como portador de um poder não trabalhado antes: A capacidade de se agigantar.



Giant-man: Sempre achei esse trocadilho muito bom.

   O Homem-Aranha, por sua vez, foi muito bem retratado, sendo impossível não se lembrar do personagem dos quadrinhos, tanto no visual (o uniforme possui várias referências - e não vou entrar na discussão sobre CGI porque tem reclamando se excesso e gente reclamando de falta) quanto no comportamento (a forma charmosa e zombeteira de lutar, bem como a forma de escalar) e na exploração dos seus poderes (a força capaz de conter o braço metálico do Soldado Invernal e segurar pesos enormes, os sentidos muito aguçados que tornam necessários os "olhos ajustáveis" da máscara).
   Além disso, muitas coisas sobre o Aranha foram (re)apresentadas sem a necessidade de serem explicitadas, como a menção implícita ao tio Ben e ao que aconteceu a ele, a perseguição sofrida por valentões, o interesse por tecnologia e a genialidade que lhe permitiu construir os lançadores de teia ou conter o Homem-Formiga agigantado tomando certa cena icônica e "Star Wars - Episódio V: O Império Contra-Ataca" como inspiração.



O curioso caso de tia May?
Não... O que acontece é que a nova versão da tia de Peter Parker é inspirado na versão Ultimate.
Agora, também acho que isso é um prato cheio para as paródias pornôs do Homem-Aranha...
...Contando com cenas MILF da tia May com o sobrinho e/ou o Tony Stark.


   Por fim, a parte final da participação do Homem-Aranha na Batalha do Aeroporto e mais a segunda cena pós-crédito (que mostra uma acessório que ainda não tinha sido explorado nos filmes do Aranha, que é aquela lanterna/sinal, aparentemente aprimorada tecnologicamente e contando com novas funções) dão indícios de que o filme solo dele não será um filme de origem, indícios esses que podem ser corroborados ao considerarmos os subtítulo dele, que é "Homecoming", isto é, "Regresso para casa" ou "Retorno para casa" ou "De volta ao lar", como queira. No caso, o título não seria apenas uma celebração do retorno (parcial) do Homem-Aranha aos estúdios Marvel, também indicando que a história possivelmente se dará após o Aranha voltar para a sua casa, no Queens, depois da lutar ao lado do Homem de Ferro.



Quanto aos demais personagens...

   Falcão, Viúva Negra, Visão, Pantera Negra, Feiticeira Escarlate, Gavião Arqueiro e Máquina de Combate participaram na medida certa, não fugindo ao que era esperado deles e tendo as suas capacidades bem trabalhadas, sem a necessidade de explicações. A mira impecável do Gavião Arqueiro, mesmo "fora de forma"(?) ou a demonstração dos poderes da Feiticeira Escarlate e do uso que o Falcão faz de suas asas - uso esse que contribuiu para o acidente quase fatal sofrido pelo Máquina de Combate - e sua relação com o drone Asa Vermelha, juntamente com o desenvolvimento da Viúva Negra e da demonstração das possibilidades do traje e das habilidades de combate do Pantera Negra, só ficaram atrás da forma com a qual o Visão foi explorado.



"Eles não estão parando!"

   Aliás, neste filme também foram dados indícios de que o romance entre o Visão e a Feiticeira Escarlate poderá ser explorado nas telonas, já que ele deu demonstrações de sentir algo por ela, de a ver de uma maneira diferente da que as pessoas a veem, sendo que o abatimento do Máquina de Combate foi atribuído por ele próprio (o Visão) a uma distração dele, tanto ele quanto o Tony Stark ficando surpresos com tal descoberta - e se ele pode ficar distraído, pode ficar apaixonado... Aliás, ficou distraído por estar apaixonado e provavelmente vai rolar esse romance e, se houver uma mínima inspiração nos quadrinhos, o mesmo pode ter desdobramentos pra lá de interessantes.



É possível um mulher ter filhos com um sintozóide?
Se depender da boa vontade dos roteiristas e de um toque místico
(lembrando que o filme do Dr. Estranho está vindo),
então, sim, é possível.

   Para encerrar esta seção, acho importante falar que, quanto ao Pantera Negra, já se tem uma diferença em relação à personagem nos quadrinhos. No que tange à sua origem, tivemos a morte do Rei de Wakanda, T'Chaka, não pelas mãos do vilão Garra Sônica, mas sim pela de Zemo. Só que, uma coisa que pode ser frustrante neste primeiro momento pode ter algum desdobramento futuro mais tragável, no mínimo - principalmente se levarmos em conta que o Zemo dá a entender que o seu plano não foi de todo um fracasso.



Barão Coronel Zemo

   Talvez a maior reclamação que eu tenha visto seja no que diz respeito ao Zemo. Tanto por ele não ser o Barão Zemo dos quadrinhos, quanto por supostamente ter motivações fracas ou, ainda, ser desnecessário para o filme.





   Bem, desnecessário para o filme ele não é, já que toda a trama só funciona por conta dele e o fato de ele ser um sujeito que age às escondidas, manipulando as peças, não apenas é justificável por ele estar se colocando contra um esquadrão de seres super-poderosos (ou você iria buscar sua vingança de peito aberto? "Risos"), como pode ser visto como uma correspondência (mínima?) ao Barão Zemo, conhecido também pela sua covardia.
   Outra correspondência que pode ser tomada, ainda que de forma adaptada, diz respeito ao nome. Se, nos quadrinhos, o titulo de Barão e o sobrenome Zemo são passados de geração em geração - primeiramente tendo havido Heinrich Zemo e, depois, Helmut Zemo -, no filme temos um personagem cujo sobrenome é Zemo, logo, também há um nome que é passado ao longo das gerações - e o seu nome completo é Helmut Zemo.
   Ainda quanto ao nome, obviamente existiram outros indivíduos com o sobrenome em questão e o Zemo do filme - que já foi coronel, mas aparentemente não é uma Barão - é um nativo de Sokovia que busca vingança contra os Vingadores [5] pela morte do seu pai, esposa e filho, sendo que, nos quadrinhos, o Barão Helmut Zemo busca vingança pela morte do seu pai, o Barão Heinrich Zemo, e tenta ressuscitá-lo. O que nos leva a duas questões.
   1) Quem garante que o pai do Helmut Zemo visto no filme não seja o Barão Heinrich Zemo original, que trabalhou com os nazistas e coisa e tal? Lembrando que, no mundo real, muitos oficiais nazistas se refugiaram noutros países, de modo que Heinrich Zemo pode ter se refugiado em Sokovia, supostamente localizado no leste europeu; .
   2) E se o Zemo do filme também estiver procurando ressuscitar o seu pai e tenha fingido que iria se matar confiando que o Pantera Negra o salvaria e ele seria levado para onde mais queria? Eu penso que seja bem possível, ainda mais se considerarmos que, nas HQs, ele usa os fragmentos da Bloodstone para tentar recuperar o seu pai, cujo corpo acaba possuído pelo Hellfire Helix e Ossos Cruzados (que aparece no filme) acerta uma flecha nos fragmentos grudados na testa do corpo sem vida do ex-Barão, pondo fim à possessão [6]. O que isso tem a ver? Tais fragmentos são objetos mágicos e a parcela mística do Universo Marvel ainda não foi suficientemente abordado, apenas sendo iniciada tal abordagem a partir da participação do Pantera Negra neste filme - e nos aprofundaremos mais nessa parte do Universo Marvel a partir dos filmes do próprio Pantera Negra e do Dr. Estranho. O que eu quero dizer é que o Zemo pode dar a caras novamente e, dessa vez, com uma participação mais emblemática.



Capa da edição 357 de Captain America,
trazendo a primeira de seis partes da história
"The Bloodstone Hunt", na qual o Barão Helmut Zemo
tenta ressuscitar o pai, Heinrich Zemo.


   Enfim, o Zemo ainda pode ser trabalhado e utilizado como ponto de partida para outras histórias, sendo que é bom ressaltar que o fato de ele não participado tão explicitamente da trama também atende ao propósito do filme de tratar dos conflitos internos, nesse caso, o conflito interno da entidade denominada "Vingadores".



Concluindo [7]

   O filme é foda dentro do que se propõe. Claro, os filmes da Marvel não são filmes acadêmicos e ultra-intelectuais, ainda que muita reflexão possa sim ser retirada deles (ex.: A morte simbólica do Capitão América no último filme de sua trilogia), todavia continua sendo sétima arte e a arte em geral se sustenta num tripé constituído por: Expressão, que é o que o autor quis passar ou o que a obra passa; impressão, que é o que o receptor capta da obra; e entretenimento, que, basicamente, é a apreciação a partir da obra.
   Assim, existem obras que equilibram isso tudo, mas existem obras onde um dos três elementos acaba se sobressaindo. Numa obra demasiado expressiva, há pouco ou mesmo nenhum espaço para o receptor extrair uma impressão que esteja de acordo com a mensagem autoral, enquanto que uma obra demasiado impressiva tem a mensagem do autor diluída de modo a permitir maior subjetividade. Quando o entretenimento se sobressai, que é o caso óbvio da maioria dos filmes hollywoodianos, o que conta é a diversão mesmo.
   E o filme em questão é divertido. Muito embora não tenha (por alguns esperada) fidedignidade da saga quadrinhística de que empresta o nome, a essência está lá e temos uma temática realmente séria sendo discutida e trabalhada de maneira madura, sem cair no erro de tratar a coisa de forma maniqueísta e sem confundir verossimilhança com a quase total ausência de leveza.
   Portanto, por mais que realmente algumas pessoas possam ter ido ao cinema apenas para ver o Homem-Aranha - que realmente roubou a cena (talvez ela estivesse grudada no escudo do Capitão) - ou conferir se todos os spoilers dados realmente estavam lá, o filme não pode ser desmerecido, principalmente porque ele é sim - até o momento - o mais amadurecido dentre os filmes da Marvel e dentre os "filmes de super-heróis". Sem contar que experiência equivale a assistir a um gibi. Sim, assistir a um gibi.





NOTAS

[1] Os que são participaram, para não complicar desnecessariamente a saga e torná-la mais crível foram os mutantes (tirados de cena na saga "Dinastia M"), o Thor (enviado para participar do "Ragnarok" e, depois, entrando em hibernação), o Hulk (enviado para fora da Terra e vivendo a saga "Planeta Hulk") e os personagens cósmicos, alguns ganhando sagas próprias, além do Dr. Estranho.

[2] Passando por uma crise nos anos 1990, a Marvel licenciou alguns personagens para outros estúdios: O Homem-Aranha para a Columbia, os X-Men para a Fox e o Hulk para a Universal. Depois da compra da Marvel pela Disney (2009), a companhia iniciou o processo de recuperação dos direitos de seus próprios personagens.

[3] E isso de certo modo remete aos desdobramentos da saga "Guerra Civil", onde pelo menos três grupos de Vingadores surgiram.

[4] Eu espero, sinceramente, que isso se confirme nos próximos filmes e ele apareça com outra identidade até poder retomar ou passar para o Bucky a identidade de Capitão América.

[5] Os Vingadores são assim chamados porque seriam eles que vingariam a Terra, buscariam vingança por ela. Então, chega a ser um tanto quanto irônico que o filme traga várias buscas por vingança, do Tony contra o Bucky, do Zemo contra os Vingadores, do T'Challa contra o assassino de seu pai, da mãe do rapaz que morreu fazendo trabalho voluntário em Sokovia (eu encaro aquilo como uma forma de buscar vingança)...

[6] Essa história é do arco "The Bloodstone Hunt", que foi publicado de setembro a novembro de 1989 em Captain America (1968) #357, #358, #359, #360#361 e #362. Os links ao lado levam para as edições em inglês, que poderão ser lidas online após o cadastro (pago) no site da Marvel.

[7] Sobre a questão que tem sido levantada de "Guerra Civil" ser o mesmíssimo filme de "Batman vs Superman" apenas com uma diferença de tom, deixarei para falar a respeito noutra oportunidade.






REFERÊNCIAS

GDgameplay. Análise detalhada do Homem-Aranha no filme Guerra Civil. (Crítica/Análise Capitão América). Publicado em: 29 Abr 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=3bufc1HlQYc>. Acesso em: 05 Mai 2016.

NALIATO, Samir. Resenha: Guerra Civil é o ápice dos filmes da Marvel. Publicado em: 29 Abr 2016. Disponível em: <http://www.universohq.com/filmes/resenha-guerra-civil-e-o-apice-dos-filmes-da-marvel-2/>. Acesso em: 05 Mai 2016.

RISTOW, Fabiano. Com tramas que se entrelaçam e vão dos gibis à TV, Marvel faz de "Vingadores" caso de marketing. Publicado em: 22 Abr 2015. 06h00m. Atualizado em: 23 Abr 2016. 17h16m. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/cultura/filmes/com-tramas-que-se-entrelacam-vao-dos-gibis-tv-marvel-faz-de-vingadores-caso-de-marketing-15938974>. Acesso em: 05 Mai 2016.

RITTER Fan. Sagas Marvel: Guerra Civil. Publicado em: 22 Abr 2016. Disponível em: <http://www.planocritico.com/sagas-marvel-guerra-civil/>. Acesso em: 04 Mai 2016.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Grato pela leitura e pelo comentário. Assine o blog, siga-o e mantenha-se informado sobre novos textos. Até.