domingo, 1 de março de 2015

A infância e a humanidade engatinhante

     As coisas listadas nesse texto do site Puro Mistério são o tipo de coisa que me faz pensar que a mentalidade das crianças corresponda à que os nossos ancestrais, os homens primitivos, possuíam. Como se, ao desenvolver mais e mais o cérebro e a civilização, os estágios anteriores da humanidade fossem ficando armazenados e manifestassem-se no período da infância, a qual acaba, assim, sendo equivalente à infância da humanidade.

     E, uma vez que é possível ver manifestações do querer desenhar nas paredes (tal qual nossos ancestrais remotos pintavam as paredes das cavernas) ou do querer matar ou fazer outras coisas aterradoras (como se pode ver em alguns casos na lista da matéria lincada), havendo também manifestações de crenças "primitivas", tais como o entendimento de que a linguagem e as palavras possuem um poder sobrenatural (o exemplo, na matéria lincada, é o da garotinha gritando e sussurrando "die" como se o que essa palavra representa fosse realmente acontecer) ou a falta de entendimento acerca da sombra - e não são poucos os povos que tem ou tiveram algo de sobrenatural ou religioso a dizer sobre as sombras.
     Além disso tudo, ainda há manifestações de pensamentos que condizem com práticas rituais de povos do passado (ou nem tanto assim), como no caso do canibalismo (vide o garotinho que prometeu à mãe que não mastigaria os ossos dela, isso remetendo um pouco a algumas práticas de canibalismo funerário).
     Enfim, a nossa infância corresponderia à infância da humanidade e as crianças são mini-homens das cavernas que precisam ser civilizados.



Exposição em museu croata mostra reprodução de uma família de neandertais (Nikola Solic/Reuters)

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